Até quando?

Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escuta‐ rás? Gritarei: Violência! E não salvarás? (Habacuque 1:2)

Oração é um assunto controverso e mal resolvido no ambiente religioso.

De um lado estão aqueles que dizem que dominam o assunto, que sabem as técnicas de acesso ao Divino com receitas do tipo 7 passos para uma oração respondida, Como orar da maneira correta, etc.

Do outro estão aqueles que se sentem confusos e desamparados porque não sentem intimidade em relação à essa prática e quase nunca percebem resposta às suas súplicas, segundo os mesmos.

Quando penso nesse tema entendo eu que oração não é um instrumento em que eu convenço Deus a fazer o que eu quero, em que eu possuo poderes para manipular realidades espirituais tipo controle remoto para mudar a programação que não está me agradando.

A priori oração deveria ser relacionamento com o Criador, um recurso para controlar nossa ansiedade sabedores de que Ele tem cuidado de nós e que está no controle de todas as coisas, e não argumento para pressionar Deus.

O profeta não entendia o silêncio de Deus, ele pensava que o Senhor estava passivo porque não dava uma resposta à altura da malignidade dos caldeus. Habacuque estava dizendo nas entrelinhas que sabia perfeitamente o que deveria ser feito.

As vezes estamos como o profeta, não compreendemos a demora, ficamos aflitos para Deus "pesar a mão" sobre alguém ou sobre alguma situação querendo ensiná-lo o que deve fazer.

Por fim, ele se rende humildemente (Hc 3:17-19), entendendo que sua leitura dos fatos era rasa e não alcançava a sabedoria de Deus.

Deus te abençoe,

Franklin Rosa