Esqueceram de mim

Terminada a festa, voltando seus pais para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles percebessem. (Lucas 2:43)

Um filme de muito sucesso na década de 90, “Esqueceram de Mim” , retrata a experiência de uma família que esquece seu filho em casa, quando estavam saindo para uma viagem de férias.

O resultado, é que o garoto aproveita a ausência dos pais para aprontar a maior bagunça e confusão, como meio de defesa contra os invasores que queriam tirar vantagem da situação.

Quando leio o texto de Lucas 2:41-50, ou me lembro das cenas do filme protagonizado por Macaulay Culkin, surge uma pergunta intrigante: Como um pai e uma mãe se esquecem de seu filho?

O relato Bíblico diz, que eles foram descaradamente caminho de um dia e não perceberam a ausência de Jesus.

Para eles estava tudo bem, satisfeitos com o cumprimento da “obrigação religiosa”, mas a verdade é que estavam desatentos.

Somente depois de três dias então notaram que havia algo de errado: “A Presença de Jesus não estava com eles!”.

No vs. 48 Maria tenta justificar a situação transferindo a responsabilidade para o menino: “Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos”.

A exemplo desse fato, muitos são os que tem esquecido Jesus pelo caminho, no meio da jornada com suas dificuldades, ou dentro de sua própria religiosidade e legalismo, achando tudo muito normal.

Não perceberam ainda que a alegria contagiante da Sua presença ficou para trás, no passado.

Esta é a triste realidade de muitos cristãos que, apesar de uma atividade religiosa rotineiramente executada, já não comungam mais da simplicidade e a alegria do Evangelho, porque: “Esqueceram de Mim...” , diria Jesus.

O resultado não poderia ser outro: muita bagunça e confusão à semelhança do filme. Quando Esquecemos Jesus, substituímos a simplicidade do Evangelho por sofisticação eclesiástica.

Quando Esquecemos Jesus, metodologias de crescimento de igreja e evangelismo, substituem a oração como meio de atrair os perdidos .

Quando Esquecemos Jesus, campanhas milagreiras se tornam o carro chefe da prática denominacional.

Quando Esquecemos Jesus, indumentária religiosa se torna um meio de aperfeiçoar a obra da cruz do calvário.

Quando Esquecemos Jesus, o culto à personalidade se sobrepõe ao culto à pessoalidade do Senhor.

Fico por aqui com o profundo desejo de que não venhamos ser acometidos de “amnésia espiritual” e esquecer a simplicidade da Pessoa e Presença de Jesus, distraídos com a satisfação da obrigação religiosa cumprida, ou então, de acomodação com entretenimentos espirituais.

Deus te abençoe,

Franklin Rosa