Não tinha nada, mas tinha tudo
E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. (Atos dos Apóstolos 2:46)
Como surgiram as comunidades cristãs.
Elas eram resultado de um processo orgânico em que as
pessoas reuniam-se com simplicidade e com estrutura mínima repartindo entre
elas o Evangelho de Jesus.
Com essa dinâmica elas iam crescendo e ganhando volume até
expandirem-se para outros territórios onde ainda não haviam tido a oportunidade
de escutarem as boas novas de Cristo.
Elas não eram produto de investimento e gestão financeira
nem expansionismo denominacional.
Sua mensagem não baseava-se na personalidade de pregadores
ou de bandas musicais.
Era uma comunidade em movimento que operava no poder do
Espírito Santo sem a necessidade de impressionar através de entretenimento ou
estratégias de marketing.
Não eram franquias onde se faz um estudo prévio de campo
para ver onde existe mais potencial, e então instala-se toda uma estrutura
religiosa (geralmente nos grandes centros) com tudo de antemão meticulosamente
arquitetado para gerar outras franquias com a intenção de competir e medir
forças com outras comunidades da fé.
O que se evidenciava era a mensagem do Evangelho e não uma
grife religiosa bem sucedida.
Os esforços eram concentrados em pregar a Cristo onde ele
ainda não havia sido pregado como declarou Paulo apóstolo: "E desta
maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido
nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio" (Romanos 15:20).
A Igreja era a comunidade dos chamados para fora, convidados
a entrar para dentro.
Eles possuíam poucos recursos, mas o que tinham era
administrado com reverência para que não faltasse dignidade a alguém.
A Igreja não era de ninguém, mas era para todo mundo.
A Igreja não tinha
dono, mas tinha Noivo.
A Igreja não tinha nada, mas tinha tudo!
Deus te abençoe,
Franklin Rosa