Pobres para com Deus

Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus (Lucas 12:13)

Os versos 13 ao 21 de Lucas 12 nos mostram dois personagens com uma imensa insensibilidade em perceber valores espirituais, um deles real, e o outro fictício.

O primeiro que é o irmão desgostoso, demonstra nitidamente sua insensatez, focando em valores materiais e desprezando realidades espirituais. Para ele, herança e estabilidade econômica, tinham mais valor e significado do que conteúdos eternos que resolveriam a questão dentro de si.

Sua alma estava tão empobrecida que ele não percebe a profundidade da exortação de Jesus. Existia dentro de si um sentimento de justiça própria e compensação, que o impedia de aproveitar a oportunidade de entrar no Reino e do Reino habitar nele.

Já o capitalista insaciável que é um reflexo alegórico do primeiro, se apresenta como obstinado e escravizado da sua própria idolatria, tornando-se vítima de sua visão distorcida sobre segurança econômica. O que fica óbvio nesse indivíduo é uma insegurança manifesta com ares de ganância.

Outro desvio encontrado no seu comportamento, é o domínio da ingratidão para com Deus caracterizada nas entrelinhas pela sua falta de humildade em reconhecer a bondade do Senhor. Ele se acha auto-suficiente porque o campo no qual ele planta produz com abundância diz o vs. 16, mas ele não reconhece que era Deus quem proporcionava a dádiva e as condições para que a terra produzisse.

Para tentar lidar com essa questão que não é exclusiva dos dois indivíduos do texto, vale lembrar o conselho de Paulo (Rm 12:2): E não vos conformeis com este mundo (sistema que subverte valores essenciais à vida), mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (desenvolvendo percepção em relação ao que seduz e escraviza), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (que deseja que todo homem chegue ao conhecimento de seu Filho Jesus Cristo).

Deus te abençoe,

Franklin Rosa