La casa de papel, la torre de Babel

Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda aparência do mal. (1 Tessalonicenses 5:21,22).

Longe de mim a hipocrisia em dizer que abomino a série da Netflix.

Espectador maratonista e ansioso por nova temporada, chego a conclusão de que a produção conflita com meus princípios cristãos e estimula os instintos mais primitivos presentes indistintamente em cada ser humano.

A glamourização do erro é contundente, descarada, sedutora e viciante. Nós torcemos por quem deveríamos reprovar.

Além dos atributos morais, pesa sobre a série o ônus da persuasão de viés ideológico. Pegue em armas, influencie a opinião popular, manipule consciências, faça revolução, seja maquiavélico e mostre que os fins justificam os meios.

A Casa de Papel é a tradução da sociedade Torre de Babel em que vivemos.

Se por um lado nos indignamos com uma série agressiva aos bons costumes, por outro, somos complacentes com as injustiças sociais e com a corrupção das instituições representativas do povo, torcendo e tomando partido daqueles que deveriam ser alvo do nosso desprezo. Já dizia o Senhor: "Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo" ( Mateus 23:24).

Tanto a Casa como a Torre é a tentativa do controle pela força através de um plano bem articulado e minucioso, que ganhou status de ídolo e altar no coração dos rebelados, que marcham como reprovados, como disse Paulo Freire. De uma coisa temos absoluta certeza, cedo ou tarde A CASA CAI, e A TORRE TOMBA.

Deus te abençoe,

Franklin Rosa