Sobre o caso Flordelis
Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. (1 Coríntios 10:12)
Devo dizer de antemão que a cantora gospel e pastora
evangélica, não representa a grande maioria de seus pares nestas áreas
específicas em que atuava. É muito simplismo e desonestidade tentar rotular o
todo com base em um mal exemplo como o dela. Não tenho a pretensão de
defendê-la mesmo porque seria inútil diante dos fatos. O que faço aqui, é
tentar desassociar a imagem de Flordelis dos evangélicos comprometidos com o
Reino de Deus, bem como, separar a jovem humilde, religiosa e idealista da
favela do Jacarézinho, com a mulher bem sucedida, ambiciosa e sem escrúpulos em
que se tornou.
Dito isto, me recuso a acreditar que toda sua trajetória foi
uma farsa. Como na maioria dos casos de desvio de caráter e/ou personalidade,
as coisas vão se deteriorando à partir do momento em que se perde o
referencial. A história está aí para comprovar que é possível começar bem e
terminal mal, assim como a leitura inversa também é verdadeira. Não creio que
uma moça de periferia crente em Deus, adote crianças premeditadamente com o
intuído de se promover colocando em risco diversas vezes sua própria vida. Não
creio que alguém que enfrenta o tráfico e poderes paralelos para resgatar
crianças e adolescentes do crime e do abandono, o faça na intenção de levar
vantagem.
Flordelis é o típico caso de pessoas que não souberam lidar
com fama, poder e divergências familiares, trazendo para si mesma uma tragédia
moral e pessoal.
Ela foi evangélica no sentido mais puro e profundo da
palavra, até o momento em que permitiu que sua alma fosse tomada e possuída de
sentimentos e atitudes anti-evangelho.
Flordelis murchou e foi consumida no calor da ambição, os
evangélicos porém, não podem ser etiquetados pelas atitudes daquela que um dia
foi e hoje já não é mais uma flor no Jardim de Deus!
Deus te abençoe,
Franklin Rosa