Não deixem as vossas congregações
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. (Hebreus 10:25)
Ainda que alguns pela falta de interesse ou, porque foram
feridos em uma instituição religiosa entre outros fatores, insistam em dizer
que Igreja não é aquilo que fazemos aos domingos, eu particularmente prefiro
dizer que Igreja vai além, e que seu significado é mais extenso e mais denso do
que aquilo que experimentamos quando nos encontramos para celebrar à Deus
juntos.
Sim, ser Igreja só ganha expressão plena quando na segunda
após a reunião do domingo nós traduzimos na prática o que absorvemos na coletividade
e, aplicamos no chão da vida nossa fé e valores cristãos com tudo conspirando
contra.
Seria simplismo dizer que Igreja é um culto dominical em um
templo, mas da mesma forma seria desonesto dizer que as reuniões coletivas de
uma comunidade não são importantes ao ponto de desprezá-las.
A figura usada por Paulo na sua primeira carta aos Coríntios
no capítulo 12 a partir do verso 12 para descrever a Igreja como corpo, nos dá
a dimensão do quanto é relevante nossos encontros comunitários, para que
sejamos nutridos e providos pelos outros membros desse organismo vivo.
Ele chega a advertir severamente nos versos 14,15,16,21,25
que um membro não pode ser arrogante e auto-suficiente ao ponto de dizer que
não precisa do outro causando com isso divisão, e como resultado desse
afastamento gerar a falta de cuidado coletivo.
No verso 24 o escritor aos Hebreus nos orienta a
“considerarmos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas
obras". Levando em conta que somos seres sociáveis, não vejo outra maneira
desse conselho se tornar realidade, senão pela interação humana.
É verdade que com a pandemia tivemos que nos reinventar e
aprender um novo jeito que nada mais é do que jeito antigo de ser Igreja. O
isolamento nos proporcionou avaliarmos nosso cristianismo e nos deu uma pequena
amostra de como viviam nossos irmãos primitivos e como vivem nossos irmãos
contemporâneos em situações e países onde a perseguição religiosa não permite o
encontro comunitário.
Tenho absoluta certeza de que se pudessem nos dar um conselho,
tanto os irmãos primitivos como os contemporâneos nos diriam: NÃO DEIXEM AS
VOSSAS CONGREGAÇÕES!
Se me perguntassem se devemos ir a Igreja ou ser Igreja? Eu
responderia que as duas alternativas estão corretas e são inseparáveis!
Deus te abençoe,
Franklin Rosa