Lição de uma bofetada
Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao Sumo Sacerdote? (João 18:22)
Algo muito estranho já acontecia nos porões sórdidos da religião judaica.
Um sogro (Anás) que acredita-se que era sumo sacerdote vitalício por direito de personalidade controladora, e que, interferia diretamente no exercício da função e nas decisões de seu genro (Caifás) que era o sumo sacerdote de fato, mas que tinha uma liderança fraca e tacanha deixando-se manipular.
Como provavelmente as decisões passavam de antemão pelo aval do sogro dominador, segundo o relato de João Jesus foi levado primeiro até ele para uma prévia sabatina vs. 13, o qual lhe perguntou “acerca dos seus discípulos e da sua doutrina” vs. 19.
Jesus então lhe responde a altura e com firmeza vs. 21: Por que me perguntas a mim? Pergunta aos que me ouviram o que é que lhes falei; eis que eles sabem o que eu disse.
O guarda romano que acompanhava o interrogatório incomodado pela resposta audaciosa de Jesus e por Ele não ter respondido diretamente a pergunta do sumo sacerdote, lhe dá uma bofetada e questiona seu atrevimento vs. 22.
Entretanto, Jesus com toda sua agudeza de argumentação replica novamente vs. 23: Se falei mal, testifica sobre o mal; mas, se falei bem, por que me bates?
O que fica muito nítido na interpretação do Senhor Jesus sobre a situação e a resposta dada, é que, Ele sabia exatamente que tudo o que dissesse não mudaria a decisão pré-concebida e tramada no sinédrio contra sua pessoa, nos ensinando que em casos semelhantes, não adianta tentar convencer quem já têm opinião formada e relutante a respeito da prática da injustiça.
Às vezes, insistir no convencimento de quem não quer mudança, é gastar energia inutilmente com a probabilidade de que nossas próprias palavras, ainda sejam usadas contra nós no tribunal de uma consciência obstinada.
Deus te abençoe,
Franklin Rosa