E quando chegar ao fim?
Uma coisa horrível, espantosa está acontecendo na terra: Os profetas não falam a verdade, e, apoiados por eles, os sacerdotes dominam o povo. E o meu povo gosta disso. Porém o que é que eles vão fazer quando essa situação chegar ao fim? (Jeremias 5:30-31)
Apesar de ter sido rotulado como “profeta chorão” por sua
sensibilidade em absorver o drama da indiferença espiritual da sua nação,
definitivamente Jeremias não era o tipo de pregador “paz e amor” assediado pela
“tietagem” de um fã clube, pois o seu discurso destoava radicalmente dos seus
colegas de ministério.
Se fosse um pastor evangélico ou um padre católico nos
nossos dias, provavelmente teria sérias restrições para circular nas grandes
mídias como convidado, porque não se daria ao cinismo de apresentar-se fazendo
o tipo “pop star” massageando egos e acariciando pecados pessoais e
estruturais.
Seus colegas o classificavam como pregador desagradável que
só fazia imprecações de caos e terrorismo, mas ele não se intimidava e mandava
o “papo reto” dizendo que a pregação deles era falsa e bajuladora, pois diziam
“paz, paz; quando não há paz” curando superficialmente a ferida moral
apodrecida do seu povo (Jr 6:14).
Enquanto os profetas convencionados em conluio com os
sacerdotes omissos faziam o tipo “coaching motivacional” anunciando felicidade
e prosperidade em suas preleções, Jeremias bravamente se posicionava na
contramão assumindo o risco de ter a própria integridade física, moral e
emocional violada (Jr 18:18) (Jr 20:1,2) (Jr 26:11) (Jr 33:1) (Jr 38:1-6), convocando
as pessoas ao arrependimento e mudança genuína de vida (Jr 4:1-4).
Mas o povo gostava da brincadeira do “me engana que eu gosto”
e por esta razão surge o questionamento: “... o que é que eles vão fazer quando
essa situação chegar ao fim?”.
Assim como nos dias de Jeremias, a resposta a ser dada para
esta pergunta hoje deve ser levada a sério, pois dela depende a nossa relação
com Deus e consequentes implicações.
Deus te abençoe,
Franklin Rosa