O tempo oportuno está se esgotando
Então contou esta parábola: Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum. Por isso disse ao que cuidava da vinha: Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra? (Lucas 13:6,7 NVI)
Aquela figueira era alvo da paciência e da credibilidade que
o dono da vinha havia lhe dado para produzir frutos, e não ocupar
inutilmente um espaço que poderia perfeitamente ser aproveitado por outras
árvores.
Entretanto, desgostoso com a infertilidade da figueira que
durante 3 anos consecutivos só se mostrava improdutiva e com seu ânimo já no
limite, ele decide cortá-la, pois ela não correspondia as suas expectativas
causando-lhe somente frustração.
Mas, um empregado sensibilizado e incomodado com o destino
da figueira resolve pedir uma segunda oportunidade ao patrão dizendo a ele que,
se mesmo depois que dedicasse toda atenção e cuidados necessários à árvore ela
ainda assim não desse fruto, ele então poderia fazer o que já havia anteriormente
planejado vs. 8,9.
A parábola termina de forma súbita sem um desfecho final
narrado pelo evangelista Lucas. O que fica explicitamente entendido é que o
tempo oportuno para que a figueira produzisse frutos estava se esgotando, e não
haveria mais condescendência por parte do proprietário da vinha permitindo que ela ocupasse um espaço sem dar seus frutos.
A figura de linguagem usada na parábola por Jesus, obviamente
trata da esterilidade espiritual da nação de Israel que não produzia frutos
dignos de arrependimento (Mateus 3:7-12) para que tivesse a oportunidade de
corresponder ao privilégio de continuar plantada no meio de outras nações sem
ser cortada ou removida.
Os Israelitas foram o povo escolhido para receber a
revelação de Deus, e manifestar a todas as nações sua grandeza e glória através
de uma vida que o honrasse. Porém, o que ocorria é que eles haviam falhado e se
tornado infrutíferos nessa missão assemelhando-se aos demais povos, por conta da sua
insensibilidade ao pecado e rejeição deliberada ao Messias.
Muito embora essa parábola tenha sua aplicação histórica/teológica a
Israel, contudo, ela nos ensina também sobre a universalidade da
bondade, paciência, misericórdia e longo ânimo com que Deus trata todo ser
humano indistintamente em todas as épocas dando-lhe a oportunidade de conversão, para que produza frutos que demonstrem seu arrependimento reconhecendo que vive distante do plano do Criador para sua vida.
Ela é uma séria advertência que corrobora com as palavras de
João Batista: “O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que
não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo” (Mateus 3:10).
Temos ainda outra Escritura que nos orienta com veemência: “...como diz
o Espírito Santo: Se hoje vocês ouvirem a voz de Deus, não sejam teimosos como
foram os seus antepassados...” (Hebreus 3:7,8).
Deus te abençoe,
Franklin Rosa