O fracasso de um filho
"Filhos,
obedeçam a seus pais no Senhor, pois isto é justo. Honre o seu pai e a sua mãe,
que é o primeiro mandamento com promessa, para que tudo corra bem com você, e
você tenha uma longa vida sobre a terra” (Efésios
6:1-3).
Por que Paulo apóstolo usa o termo
obedecer em primeiro lugar, em vez de honrar, que tem um peso maior no seu
significado? A resposta é muito simples: porque obediência é a evidência incontestável
e o princípio imediato de quem aprendeu a honrar.
O ser humano tem uma inclinação
natural de rejeição a submissão, e somente quando se vê em dificuldades é
forçado pelas circunstâncias a obedecer o comando de outro. Essa é a razão
principal pela qual muitos filhos tem sofrido e abortado a bênção de Deus em
sua vida.
O fracasso de um filho começa quando
ele deixa de escutar o conselho dos pais, para dar ouvidos às vozes confusas e
enganosas do mundo. A parábola do filho pródigo em (Lucas 15:11-32), ilustra com requinte de detalhes essa falta de sensatez
dos filhos em honrar seus pais escutando e se submetendo em amor aos seus
conselhos. Tudo começa com a insatisfação, seguida da obstinação pela
independência, e finalmente a ruína: “A
soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda” (Provérbios 16:18).
A mesma verdade se aplica quando um
filho de Deus deixa de escutar os conselhos das Sagradas Escrituras para
emprestar seus ouvidos as mentiras de satanás, e “se permite” encantar-se
com os sussurros e lisonjas do mundo para alcançar a felicidade a qualquer
preço.
O apóstolo Pedro alertou seus leitores
quanto a sagacidade e astúcia daquele que quer ver os filhos de Deus derrotados
e envergonhados: “Sede sóbrios; vigiai;
porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar” (1Pedro
5:8).
Sobre os atrativos do presente século
e a inversão de valores tão presente na nossa cultura, adverte o apóstolo
João: “O mundo passa com a sua cobiça,
mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2:17).
Existe uma expressão que está em alta
no vocabulário da atual sociedade, e que esconde por trás dela os fracassos por
conta da falta de uma séria reflexão sobre o assunto: “SE PERMITA. SE TE FAZ
FELIZ NÃO É ERRADO”. Nada mais enganoso e diabólico do que essa frase que tem
encontrado acolhimento no coração de muitos filhos que se desviaram da verdade
e do bom conselho de Deus e de seus pais.
Essa fraude com capa de sabedoria
filosófica, já foi disseminada há algum tempo atrás por Friedrich Nietzsche
(1844–1900) no seu livro Além do Bem e do Mal. Disse o filósofo alemão que
era filho, neto e bisneto de pastores protestantes: “Aquilo que se faz por amor
(buscando a felicidade em última análise) está sempre além do bem e do mal”. O problema é que o
filósofo não se atentou para três verdades incontestáveis que ele mesmo havia
aprendido através da leitura da Bíblia:
A primeira é que “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o
conhecerá?” (Jeremias 17:9).
A segunda é que “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida” (Provérbios
4:23).
A terceira é que “Há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim deles são os
caminhos da morte” (Provérbios
14:12).
A independência da sabedoria e do conselho de
Deus, foi a mesma estratégia usada pelo Malígno para seduzir e desviar do
propósito do Eterno seus primeiros filhos lá no Éden (Gênesis 3:1-24).
Embora o pecado da desobediência e da
desonra tanto a Deus como aos pais resulte em grandes fracassos e humilhações,
todavia existe esperança de restauração:
1ª “O que encobre as suas transgressões nunca
prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
2ª “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”
(1Jo 1:9).
Que o Senhor tenha misericórdia de nós como filhos D'Ele, e também dos
nossos filhos!
Deus te abençoe,
Franklin Rosa