Quando uma pessoa se torna insensata e miserável?
“Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite
te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele
que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus”.
Tema: Quando uma pessoa se torna insensata e miserável?
Introdução: Nesta parábola, vemos um homem rico que teve uma
colheita abundante e, ao invés de usar sua riqueza com gratidão e generosidade para
a glória de Deus, decidiu construir celeiros maiores para armazenar seus bens e
viver uma vida de luxo e prazer. Mas o que Jesus nos ensina aqui não é apenas
sobre a importância de fazer bom uso dos recursos que Ele mesmo nos proporciona,
mas sobre o perigo de viver exclusivamente para si mesmo.
b. A Sagradas Escrituras nos ensinam
que devemos buscar sabedoria em Deus para sermos ricos de valores que são
eternos (Pv 3:7) (Mt 6:19-21) (1Co
3:18-20) (Tg 1:5 / 3:13,17). Observando a dura reprovação que o homem rico
da parábola recebeu, devemos nos perguntar com toda sinceridade e seriedade: Quando
uma pessoa se torna insensata e miserável?
1. Quando vive consumida pelo acúmulo de riquezas.
O homem da
parábola é descrito como alguém cuja terra produziu com abundância. Em vez de usar
essas riquezas para abençoar outros, ele decidiu erguer um altar de adoração a
Mamon no seu coração (Mt 6:24),
construindo celeiros maiores para armazenar suas riquezas. A atitude desse
homem reflete a ganância desenfreada, que é o desejo insaciável de acumular
mais e mais bens materiais. Essa inclinação é um ídolo incompatível com o
Evangelho de Jesus.
2. Quando sua consciência é orientada pela auto-indulgência.
O homem rico se
entregou ao prazer pessoal, e nem mesmo se deu ao trabalho de refletir sobre
seu pecado de independência de Deus. Ele disse a si mesmo: "Descansa, come, bebe e regala-te". Essa mentalidade
egocêntrica, demonstra como a fácil aceitação dos próprios defeitos, pode levar
alguém à busca insensata de prazeres materiais, em detrimento de valores
espirituais que é a verdadeira riqueza que alguém pode conquistar (Mt 6:19-21).
3. Quando lhe falta solidariedade para com próximo.
Uma das lições
implícitas dessa passagem, é a falta de consideração do homem rico pelo seu próximo.
Ele não demonstra compaixão ou generosidade em relação aos necessitados ao seu
redor. A ânsia por acumular bens materiais o tornou insensível às necessidades
dos outros, o que é um perigo real desse pecado. A ganância é um caminho que
nos afasta de Deus, nos torna egoístas e insensíveis às carências e
fragilidades dos que nos cercam (Pv
3:27,28).
4. Quando se deixa iludir pela segurança material.
Aquele homem acreditava
que tinha muitos anos de segurança pela frente confiando em sua própria
capacidade de gestão e empreendedorismo. Ele estava convencido de que suas
riquezas proporcionariam estabilidade e satisfação contínuas. No entanto, a
resposta de Deus foi severa, lembrando-o de que sua vida era incerta e que seria
chamado para prestar contas a Deus (Ec
12:14), e de que todo seu esforço seria em vão.
5. Quando não percebe o perigo de viver para si mesmo.
Jesus conclui
a parábola chamando o homem que se achava rico de insensato (louco,
desajuizado), por viver apenas para si mesmo e não se empenhar em ser rico para
com Deus. E como podemos enriquecer diante de Deus? A resposta é simples. A
verdadeira riqueza não está nas riquezas materiais que acumulamos (Ap 3:17), mas na nossa relação com
Deus e na capacidade de amar e servir aos outros. Essa é a essência do ensinamento
de Jesus.
Conclusão: A ganância pode nos distrair daquilo que realmente
importa, e nos faz esquecer da fragilidade da vida. Nós não fomos criados para
vivermos de forma ego-centrada, acumulando riquezas apenas para nosso próprio desfrute.
Fomos criados para amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao nosso próximo
como a nós mesmos (Mc 12:30,31). A
busca desenfreada por prazeres materiais e ansiedade quanto ao futuro, pode nos
fazer esquecer o propósito eterno da nossa vocação (1Pe 2:9).
Deus te abençoe,
Franklin Rosa