Eu creio em Jesus, mas... não creio no Cristo da Bíblia
"Examinai as Escrituras, porque vós cuidais de ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam" – João 5:39
Ao
longo da minha caminhada no Evangelho, tenho me deparado com algumas pessoas
que afirmam acreditar em Jesus, mas rejeitam o Cristo apresentado pela Bíblia
ou pregado pelos cristãos — “os crentes”. Esta é uma declaração no mínimo
contraditória, pois uma pessoa que afirma crer em Jesus, mas rejeita o
"Cristo da Bíblia", ou o Jesus dos crentes, geralmente está se baseando
na sua própria opinião, ou então, em uma ideia subjetiva ou filosófica de Jesus.
O primeiro ponto importante a ser considerado é que a fonte primária sobre Jesus é a Bíblia Sagrada. A Bíblia é o registro histórico mais antigo, completo e amplamente consistente e corroborado sobre a vida, obra e ministério de Jesus. Sem os Evangelhos e o Novo Testamento, não haveria informações suficientes ou confiáveis para formar uma ideia clara sobre a figura histórica de Jesus. A Bíblia, portanto, é o documento mais antigo e fidedigno sobre sua vida e suas ações, representando o alicerce para o entendimento cristão — aqueles que creem em Cristo. Os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) foram escritos por testemunhas ou por aqueles que registraram relatos de testemunhas oculares, o que confere características históricas e peculiares (Lucas 1:1-4). Quando alguém rejeita o Jesus da Bíblia, está ignorando a única fonte confiável e documentada sobre Ele, o que revela uma grande inconsistência, pois, sem essas Escrituras, não há como sustentar qualquer ideia precisa ou minimamente razoável sobre a verdade e identidade de Jesus ( João 5:39; 2 Timóteo 3:16-17).
O segundo ponto importante a ser considerado é que os ensinamentos de Jesus estão claramente registrados na Bíblia, sendo ela a principal fonte para conhecê-lo e compreender Sua mensagem. A mensagem central de Jesus, que abrange Seu chamado ao arrependimento, Seu amor sacrificial, e Sua afirmação de ser "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6), está íntima e inseparavelmente ligada aos relatos bíblicos. É nos Evangelhos que Jesus não somente ensina sobre o Reino de Deus, mas também nos convida a uma transformação profunda, destacando a importância do perdão, da compaixão e da busca por uma vida conforme a vontade de Deus (Mateus 5:44; Mateus 6 :33; Marcos 12:30-31). Rejeitar a Bíblia, portanto, implica também rejeitar os ensinamentos fundamentais de Jesus, uma vez que as Escrituras são a base que nos fornece o registro histórico e doutrinário de Sua vida e missão. Negar os relatos bíblicos é, em última análise, negar a própria essência do Cristo revelado.
O terceiro ponto importante a ser considerado é que a ideia de um "Jesus espiritual" ou apenas um "professor moral" não corresponde ao Jesus proclamado pelos primeiros cristãos, que morreram afirmando sua vida, morte e ressurreição física e sua posição como único caminho para a salvação (João 14:6; 1 Coríntios 15:3-8). Eles enfrentaram perseguições, torturas e martírios por essa verdade porque foram testemunhas, não de uma filosofia ou metáfora bem construída, mas de um evento histórico e espiritual transformador em suas próprias vidas (Atos 1:8; 2 Pedro 1:16). O testemunho dos primeiros cristãos não se baseava em ideias abstratas, mas em sua experiência direta com Jesus e na compreensão de que Ele era o cumprimento das Escrituras hebraicas (Lucas 24:44-48). Negar essa visão dos primeiros cristãos é contradizer os próprios fundamentos da fé que eles transmitiram e que deram origem ao cristianismo.
O quarto ponto importante a ser considerado é que milhões de pessoas ao longo da história testemunharam uma transformação radical em suas vidas após encontrarem o Jesus apresentado na Bíblia. Essas mudanças vão desde a libertação de vícios, cura emocional e restauração de relacionamentos até a entrega total a uma vida de amor, serviço e propósito (2 Coríntios 5:17). O impacto de Jesus é único porque Ele não é um filósofo que simplesmente ensina princípios, mas porque Ele oferece poder real para transformação por meio da Sua Palavra e da ação do Espírito Santo (João 16:13; Hebreus 4:12). Os testemunhos de transformação são consistentes em culturas, épocas e contextos diferentes, sendo uma evidência prática e incontestável de que o Jesus da Bíblia continua a impactar vidas de maneira real e tangível, oferecendo perdão, restauração, e uma nova identidade em Deus. Essas transformações não se limitam as mudanças individuais, mas também resultam em comunidades inteiras renovadas e iniciativas que promovem justiça, compaixão e serviço ao próximo (Romanos 12:2; Tiago 1:27). Essas mudanças são marcadas por um padrão comum: pessoas que encontram Jesus na Bíblia testemunham uma mudança de caráter, propósitos e valores, alinhando suas vidas aos princípios ensinados por Ele (Gálatas 5:22-23; Efésios 2:10). Esse impacto transcende barreiras culturais e temporais, mostrando que a mensagem e o poder do Evangelho de Jesus são universais e atemporais.
Diante
dos argumentos apresentados, surgem algumas perguntas que não querem calar:
1. Se
você não acredita na Bíblia, onde está buscando informações sobre Jesus? Como
pode garantir que essas fontes são mais confiáveis?
2. Por
que criar um Jesus diferente do que é descrito por aqueles que o conheceram
diretamente?
3. Se
você não acredita no Jesus da Bíblia, como define os ensinamentos de Jesus e
com base em quê?
4. Se
você acredita em Jesus, por que não o busca diretamente nas fontes que falaram
d'Ele primeiro?
PENSE
NISSO...
Deus
te abençoe,
Franklin
Rosa
Bibliografia:
●Bíblia de Estudo Thompson: Cadeia temática de referências cruzadas – Frank Charles Thompson
●Comentário Bíblico Wiersbe: Vol. 2 Novo Testamento – Warren W. Wiersbe
Sugestão de leitura:
●Cristianismo puro e simples - C. S. Lewis