“Enquanto caminhavam, Jesus se aproximou e ia com eles. Os olhos deles estavam fechados, e não o reconheceram. [...] Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel. [...] Tomou o pão, abençoou-o e, partindo-o, lhes deu. Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram.” — (Lucas 24:13-32) Venho pensando que a fé, às vezes, é um caminho envolto em neblina — não se enxerga muito à frente, mas ainda assim a gente anda, confiando que o sol, cedo ou tarde, há de surgir depois da curva. Os discípulos de Emaús conheciam bem essa sensação — caminhar com o coração cansado, arrastando esperanças mortas. Falavam sobre o Cristo, mas não O reconheciam ao lado. A promessa estava ali, mas o olhar ainda dormia. Creio que a fé honesta é o hiato sagrado entre o que os olhos veem e o que o coração entende — o tempo que Deus usa para transformar a estrada em mesa, e a presença, em encontro onde tudo finalmente faz sentido . A ...