Atos 12 – Breve Comentário Parte 08


Não há nada que detenha uma Igreja unida e disposta a cumprir o propósito de Deus vs. 24,25

A perseguição contra o povo de Deus sempre teve seu efeito reverso, o famoso “tiro pela culatra”. Usando outra metáfora bem familiar, quando mais bate mais a massa cresce. Assim ocorreu com os hebreus no Egito que foram duramente subjugados por Faraó, que se opôs ferozmente ao crescimento daquele povo que tinha sobre si o selo da promessa de Deus. Assim será com a Igreja porque Deus é livre para agir e sustentá-la através da força do seu poder. Não há nada nem ninguém capaz o suficiente para “enquadrar” Deus, e impedir que seus planos sejam concretizados através desta família de comprados e redimidos pelo precioso sangue do seu Filho Jesus Cristo.

Os vínculos de comunhão e propósito gerados na Igreja primitiva deram a ela condições de seguir em frente cumprindo seu chamado, enfrentando honrosa e bravamente o poder das trevas que atuava por intermédio de conchavos e manobras engendradas nos porões da malignidade dos poderes político e religioso, que manipulava a consciência da grande maioria da massa contra eles. Essa tenacidade na fé só foi possível através do poder do Espírito Santo derramado sobre eles no pentecostes, e que os capacitou a enfrentarem as lutas e perseguições mergulhados no batismo do amor de Deus, pois sabiam que a guerra não era contra a carne e sangue como escreveu mais tarde Paulo apóstolo em (Efésios 6:12), mas contra os aliados da maldade que nas trincheiras da injustiça se opunham oferecendo resistência aos proclamadores da bondade em Cristo Jesus.

Inúmeros déspotas e tiranos tentaram silenciar a voz profética da Igreja com os instrumentos mais cruéis e inimagináveis possíveis, mas um remanescente fiel e consciente de sua missão sempre brotava na aridez do deserto das perseguições. ¹Para elencar alguns destes mais dolosos e conhecidos perseguidores logo nos primeiros séculos de atuação da Igreja, podemos citar Nero (54-68), Domiciano (81-96), Trajano (98-117), Adriano (117-138), Antonino Pio (138-161), Marco Aurélio (161-180), Cômodo (180-192), Sétimo Severo (193-211) e Diocleciano (305-313) que empregaram todos os seus esforços, sagacidade e capacidade destrutiva para sufocar e exterminar a Noiva do Cordeiro. ¹(Fonte: Felipe Aquino, professor de História da Igreja)

Herodes até tentou, mas a “palavra de Deus crescia e se multiplicava” vs. 24. Os discípulos já davam ousadamente os primeiros passos na tarefa da evangelização vs. 25, organizando-se e não medindo esforços para que a boa notícia da salvação em Cristo alcançasse os perdidos de todas as tribos, povos e nações . O legado de perseverança e piedade da Igreja primitiva reverbera até hoje, inspirando milhares de crentes que continuam vivendo sob a truculência de regimes opressores, que querem banir a todo custo o cristianismo e sua mensagem libertadora. Mas toda oposição já nasce sob o emblema do fracasso, porque Jesus mesmo prometeu anteriormente que os portais insolentes do inferno não suplantarão nem triunfarão contra sua Amada Noiva (Mateus 16:18).

Deus te abençoe,

Franklin Rosa

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